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terça-feira, 10 de março de 2015

Essa foi a última vez!



Essa não é nem a primeira, nem segunda vez, acredito que seja lá pela quadragésima, e toda vez eu falo: “- Essa foi a última vez!” Mas toda vez, toda vez, eu esqueço e me jogo de olhos fechados. Há quem diga que seja carência, mas na minha concepção já é doença. Esta é uma auto-biografia, dramática e exagerada, mas uma exteriorização da verdade pura, fazer o que, I'm such a drama queen.


Sempre fui a amiga feia da menina mais linda da escola, desde pequena foi assim, Fafá, Larissa, Amabyle, Bárbara, Enayele, Clara, Vanessa, Thalita, Juliana, Lolo, eu sempre fui a amiga feia, e todas elas, sempre foram lindas por dentro e por fora, e eu amava todas elas, ainda amo cada uma, embora não fale com quase nenhuma, elas foram imprescindíveis no momento certo, me defenderam e me fizeram bem sempre que precisei.  Aquela amiga feia, discípula fiel, defensora, puxa-saco dos filmes? Sou eu. Eu tenho costume de me comparar a um labrador. Tipo o Bacon. Só que na versão Ana Eliza.


E depois de casada, acho que me perdi nas classificações.  Nessa busca incessante por aquela amiga confidente (sabe aquela amiga que te salva, que é casada com aquele cara super legal que seu marido também adora, que chega na sua casa sem pedir licença, ataca a geladeira, beija seus filhos e senta no sofá como se tivesse na casa da sogra) acho que não se fabricam mais amigos como antigamente. No filme, quando a mocinha termina o namoro com o galã, e pra onde ela olha, tem um casal apaixonado? Quase isso. Mas eu, pra onde olho, vejo pessoas com amigos, eventos de fim de semana, filhos brincando juntos, piadas internas. Esses dias brinquei com meu marido, vamos visitar alguém? Olhamos um pro outro, demos risada, e fomos pra casa.


É engraçado? É. E não é. 


A questão é, qual a necessidade de permanecer se jogando em supostos “relacionamentos” mesmo sabendo que o fim não muda. E que aquele fim de filme, não é nem de perto, o fim da “vida como ela é”. É quase um sentimento sadomasoquista, daquele tipo da máquina de fiar da Cinderela, você sabe que não pode tocar, mas é tão difícil resistir e acaba metendo o dedo. 


Acho que estou com o dedo podre, melhor amputar mãos e pés.





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